A cultura megalítica Pré-Histórica existente no concelho de Alijó, há muito que tem sido alvo de interesse por Historiadores e Arqueólogos. Este concelho, parcela integrante da Região Demarcada do Douro, assume-se como um espaço privilegiado, onde é possível vislumbrar a verdadeira grandeza arqueológica, materializada pelas diversas estruturas megalíticas localizadas a norte e centro do concelho. Os numerosos estudos iniciados no século XIX pelo Dr. Henrique Botelho, possibilitaram à população local o conhecimento dos seus antepassados, as suas raízes culturais e identidade, através das investigações/trabalhos realizados na área da ocupação dos povos pré-históricos desta região. Este investigador, fez incidir os seus trabalhos mais a norte do Concelho, e contabilizou um grande número de manifestações tumulares pré-históricas - Antas e Mamoas, sobretudo, revelando então uma riqueza única e singular inserida no concelho de Alijó que mais tarde viria ao de cima, no artigo publicado em 1898, intitulado “Antas do Concelho de Alijó”. Outros estudos se seguiram com a importante colaboração de Vítor Manuel de Oliveira Jorge em 1982 “Megalitismo do Norte de Portugal” e do Padre Manuel Alves Plácido que viria a dar um contributo fundamental, alargando as balizas cronológicas e pondo a descoberto provas reais e verdadeiros tesouros que até à data permaneciam impercetíveis na paisagem - PLÁCIDO, Manuel Alves (1981) - Seis Povoamentos do Concelho de Alijó (1115-1269). In Estudos Transmontanos nº 2. Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Vila Real.
De destacar outros trabalhos desenvolvidos pelos Doutores Vitor Oliveira Jorge, Carlos Brochado de Almeida, Francisco de Sande Lemos, Cotelo Neiva e Sérgio Paiva. Todos eles contribuiram para o conhecimento arqueológico deste concelho e divulgação da realidade arqueológica de uma determinada localidade.
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